jueves, 29 de agosto de 2013

EU SOU CAPOEIRA

Eu sou capoeira
Autor:Macaco Preto, Zinho

(CORO)
Na mare baixana mare cheia
No balanço do mar, eu sou capoeira 


A vida tem altos e baixos
como o movimento da mareja
a capoeira e meu barco
nessa mare de peleja
-


Com saudade e solidao
mais vivo no mar da calmaria
saudade no coraçao
solidao no dia a dia
-


Mais vou vivendo nessa vida
sem desistir nem enfraquecer
o destino que me diga
o que na vida eu vou ser
-


Na partida fiquei perdido
cuando o navio deixou o porto
berimbau ficou comigo
nessa mare de disgosto
-


E como dizia o ditado
mais eu vou dizer de outra maneira
a mare nao ta para o peixe
mais eu to para a capoeira

CAMARADA VEM

Camarada Vem
Autor: Gordinho(RJ)

(Coro)

Camarada vem pra roda
Berimbau já vai tocar
Seu moço avisa lá em casa
Não tenho hora pra voltar

-


Ela já me envolveu
E já me conquistou
A riqueza dessa arte
Provocou o meu amor
-


Andando o mundo a fora
Traçarei o meu destino
Porque pedra que não rola
Certamente ganha limo
-


O proverbio assim fala
O que plantar a de colher
Cultive boa semente
Pra não se arrepender
-


Mas se a coisa tá dificil
Não pode desesperar
Se apegue no otimismo
Que tudo pode mudar



miércoles, 28 de agosto de 2013

DEIXA O BERIMBAU

Deixa o berimbau
Autor: Gordinho

(Coro)


Deixa o berimbau falar
Deixa o berimbau dizer
Voce vai ver, voce vai ver

-


Ele bota sua energia
Ele manda seu axé
é quem comanda o ritual
Ele quem fala como é que é
-


O berimbau bem tocado
Mexe com as emoções
Mexe com o sentimento
São positivas suas vibrações
-


A bateria afinada
Mexe com o jogador
Provoca grandes reações 
Que não se explica como ele jogou
-


Que na roda de capoeira
Não precisa se falar
O Berimbau é o nosso regente 
Ele quem deve se pronunciar

NO TERREIRO DA FAZENDA

No terreiro da Fazenda
Autor: Pretinho


(CORO)


No terreiro da fazenda, 

Tem um pé de jequitibá...
Do tempo da escravidão, 

ah se ele pudesse falar.

-

Por aqui passou Zumbi, 

pai José, e preta Bá
O vento soprou os galhos

Ele tá querendo me embalar.

-

Em baixo do casarão
É lugar de aprisionar
O negro que era escravo
Para a casa se esquentar
-


A senzala se acabou
Tronco não existe mais
Só um pé de jequitibá
Que me faz voltar no tempo atrás
-


Sinhozinho anda calado
Não consegue mais dormir
Veio olhar para a fazenda
E ela não pode mais conduzir