viernes, 20 de septiembre de 2013

BOTA DENDÊ

Bota Dendê 
Autor:

(CORO)
Ae Bota dendê que eu quero ver
Bota dendê que eu quero ver
Você botar Dendê. 

-

Bota dendê no seu jeito de jogar
bota dendê nessa roda
bota dendê no toque do berimbau.
-


o berimbau tá tocando venha ver
o balanço do corpo
o negro tem dendê.
-


seu sorriso tem um jeito
que disfarça a malandragem
isso é dendê arte da capoeiragem
-


O canto que faz o corpo arrepiar
E não tem explicação
o berimbau bem tocado mexe com a emoção



lunes, 9 de septiembre de 2013

DEDICAÇÃO

Dedicaçao
Autor: Perninha -RJ

(CORO)
É laela, lele ô
É laela, lele ô


Se água no meio de deserto
E que todos querem encontrar
Deixa o berimbau tocar na roda
Pra dentro do peito ecoar
-

Escravo perdido na floresta
Vira o caçador de capataz
Todo o capoeira que não treina
Com o tempo vai ficar pra trás
-

Estrela que brilha lá no céu
Pode hoje não mais existir
Capoeira sem dedicação
Seu caminho não vai construir
-

Se um barco é meu fundamento
Navegando nas ondas do mar
Vou em busca de conhecimento
Para em terra firme chegar
-

De que serve a ave mais veloz
Sem querer aprender a voar
-

É igual a capoeira de talento
Que não tem vontade de treinar
-

Nem sempre bom exemplo vem de cima
Também pode vir de outro lugar

HOJE EU TAVA PENSANDO EM CASA

Hoje eu tava pensando em casa
Autor: Pretinho

(CORO)
Hoje eu tava pensando em casa 
E lembrei da história de vovó
que dizia que o filho que tem família
pois nessa vida ele nunca fica só.

-


O Mestre serve para te dar conselho
Puxar orelha quando estiver errado
Ele diz que é melhor andar sozinho
Por muitas vezes, do que mal acompanhado
-


Ei você que está ai pelo mundo
A capoeira por você vai sempre olhar
Siga treinando e por favor não se esqueça
Você faz parte da família Abada
-


Vá com Deus siga o seu caminho,
o mundo inteiro você tem que viajar
Mas não se esqueça do que agora eu vou dizer
A melhor viagem é na hora de voltar


EU NASCI EM ANGOLA

Eu nasci em Angola 
Autor: Bôbô / DF

(CORO)
Eu nasci em Angola
me trouxeram de lá
África minha terra
pra lá quero voltar
-

Dentro do navio negreiro
houve tanto sofrimento
sou um homem caridoso
escutou o meu lamento
-

Eu usei a Bassula
para me defender
vai contra a água de coco
ninguem pode vencer
-

Muitos me castigaram
so um não me bateu 
porque vi sofrimento
e consigo entender
-

Mais segura minha vida
e tentou me ajudar
a fugir do cativeiro
e pra África voltar...


LEGADO DA CAPOEIRA

Legado da Capoeira
Autor: Pato e Macaco Preto

(CORO)
Não dá… para voltar no tempo não dá
Não dá… para mudar a história
Mas eu… vivo no tempo que vivo
E vou … conquistar a vitória

-


A vida é um piscar dos olhos um momento passageiro
O vento que sopra agora não vai soprar o tempo inteiro
Menino lembre que a glória, quem faz é o guerreiro
-


A trajetória de um guerreiro não é só feita de glórias
As vezes temos derrotas mas também temos vitórias
Tudo na vida passa menos o que fica na memória
-


Os verdadeiros guerreiros Baluartes do passado
Defenderam a capoeira e também o seu legado
A eles devemos respeito pelo suor derramado
-


A conquista na capoeira não é título nem medalha
São todos ensinamentos que o dinheiro não paga
É coisa que vem de dentro e o tempo não apaga
-


Ninguém sabe do destino que Deus pra nós traçou
Será só uma lembrança o que hoje é uma dor 

Tenha fé e esperança meu mestre assim falou


sábado, 7 de septiembre de 2013

HOMENAGEM CAMISA ROXA - MESTRE CHARM

TOCAR UM LAMENTO
Autor: Mestre Charm 

(CORO)
Preciso de uma Viola
Para tocar um lamento
Meu Gunga está engasgado
Ele amanheceu doente

-


Ele amanheceu sofrendo
Porque morreu Camisa Roxa
Deixando um vazio na roda
E uma tristeza pra nós todos
-


O Gunga está engasgado
Ele só pensa em chorar
Sentindo a falta do Mestre
Que foi lá pro Céu morar
-


Ô, Viola, vem tocar direito
Que o Gunga não pode falar
A saudade de Camisa Roxa
Fez o Gunga balançar
-


Deixando as terras estrangeiras
Veio visitar São Salvador
Aqui a surpresa lhe espera
Nosso Senhor que lhe chamou
-


Viola, eu lhe imploro
Me ajuda nesse momento
O Grão Mestre foi simbora
Foi morar no firmamento

viernes, 6 de septiembre de 2013

MADEIRA BOA

MADEIRA BOA
Autor: Mestrando Charm

(CORO)

Vou esperar a lua voltar
Eu quero entrar na mata ê
Eu vou tirar madeira boa

Pro meu berimbau fazer

-


Madeira boa é como amizade
É difícil de encontrar
A amizade eu guardo no peito
E da madeira eu faço meu berimbau
-

A noite vem e eu entro na mata
Lua clareia eu vou procurar
Jequitibá e Maçaranduba
O Guatambú eu devo achar
-

Se o Mestre Bimba estivesse aqui
Pra me ensinar a escolher madeira
Eu entraria agora na mata
Tirava Ipê e Pau-Pereira
-

Na lua cheia eu vou colher os frutos
E na minguante eu tiro a madeira
Para fazer o meu berimbau
Para tocar na capoeira
-

Na velha África se usava o Ungo
Nas grandes festas religiosas
O Mburumbumba em dialeto Umbundo
É o berimbau que conquistou o mundo

BESOURO MANGANGÁ

BESOURO MANGANGÁ
Autor: Perninha -RJ

(CORO)
Besouro Mangangá
Besouro Mangangá


João Grosso e Maria Aifa
Não iriam descobrir
Que de sua união
Uma lenda ia surgiu
-


Cidade de Santo Amaro
Terra do Maculelê
Viu os Mestres Popo e Vavá
E viu Besouro nascer
-


Besouro cordão de ouro
Manoel Henrique Pereira
Desordeiro pra polícia
Uma lenda pra capoeira
-


Mandinga não vai pegar
Pois tinha o corpo fechado
Conheceu Nocá e Barroquinha
Doze Homens e Canário Pardo
-


A lenda diz que Mangangá
Também pudia voar
Transformando em besouro
Pra da polícia escapar
-


Mataram Besouro Preto
Não foi tiro nem navalha
Foi a faca de tucum
Na velha Maracangalha


A CAPOEIRA TEM VIDA

A CAPOEIRA TEM VIDA 
Autor: Pretinho -RJ

(CORO)
A Capoeira tem vida
Ela bate o coração
Ela tem sangue na veia
Sentimento, emoção

-


A vida da Capoeira
É ver seu filho crescer
Levar seu nome pró mundo
a ela desenvolver
-


Ela bate o coração
Quando escuto o berimbau
Na roda tocando Angola
E o toque regional
-


Ela tem sangue na veia
Que as vezes arrepia
Quando escuto o cantador
A sua história contar
-


Ela mostra sentimento
Que muitas vezes chora
Quando vê o capoeira
Errado ela passar
-


Ela mostra emoção
Quando vê o iniciante
Na roda os primeiros passos
Levando ela adiante

HINO ABADÁ

ABADÁ CAPOEIRA
Autor : Baianinho / Lagartão


Em noite de lua cheia
Sinto o corpo arrepiar
Vejo o covento da Penha
E também a beira mar
Vejo a Ilha de Vitoria
De tudo quanto é lugar
Também vejo a capoeira
A roda vai começar
Meu coração está batendo
Com vontade de jogar
E que sou capoeirista
Sou do grupo Abadá

Abadá Abadá Capoeira Abadá
Abadá Abadá Capoeira Abadá
Lêlêlê lêlêlê lêlêlê lalalala
Lêlêlê lêlêlê lêlêlê lalalala

CAPOEIRA ABADÁ

CAPOEIRA ABADÁ
Autores: Lampréia e Macaco -BA

Vou lhe dizer o que me alegra
Numa roda de Capoeira
Quando eu começo a tocar
Três berimbaus
Gunga, médio e uma viola
Atabaque e o pandeiro
E dois cabras pra jogar

Capoeira Abadá

Vou jogando Capoeira
Até o dia clarear

Capoeira Abadá

Se você é Capoeira
Nunca pare de treinar

Capoeira Abadá

Cante um corrido
Um coro bem respondido
Uma energia imensa
Que parado não vai dar

Capoeira Abadá

De Segunda a Sexta-feira
Tem roda no Humaitá

Capoeira Abadá

Capoeira que é bamba
Joga em qualquer lugar

Capoeira Abadá

Um jogo duro
Uma armada e uma ponteira
Meia-lua e uma rasteira
Continue a jogar

Capoeira Abadá

Se você é Capoeira
Nunca deixe de treinar
Capoeira Abadá

Joga em cima
Joga embaixo
No que o berimbau mandar

NEGRO NO CATIVEIRO

Negro no cativeiro
Autor: Gordinho


(CORO)
Negro no cativeiro êê
Fez a corrente arrebentar
Negro no cativeiro êê
No cativeiro êê, no cativeiro eaa
(lá vai o negro)

-


Bota o negro lá no tronco
Que a cultura vem na dor
O negro é muito mais valente
Que a chibata do feitor
(lá vai o negro)
-


Prende o negro na senzala
Que ele planta sua semente
Fez nascer a capoeira
Orgulho de nossa gente
(lá vai o negro)
-


Negro escravo se rebela
Ooo queria novos ares
Escapando com Zumbi
Pro Quilombo dos Palmares
(lá vai o negro)
-


Negro ainda sofria
Mesmo com sua libertação
Besouro Cordão Ouro
Deu sua contribuição



VENTO NO CANAVIAL

VENTO NO CANAVIAL
Autor: Caxias -SP

(CORO)
Vento que balança a cana no canavial
Vento que balança a cana no canavial

-


Na varanda da casa-grande
coronel descansava na rede
O escravo no canavial
morria de fome e de sede
-


Na capela da fazenda
sinha moça a se-confesar
Coberta com manto de renda
ajoelhada no altar
-

Sinhorinho no terreiro
maltratava o erê
A mucama na cozinha
lamentava por nada fazer
-

Capataz atordoado
a noite galopou em desespero
Uma família de escravos
havia fugido do cativeiro


E MARINHEIRO

Ê MARINHEIRO
Autor: Falamansa -SP

(coro)
Ê marinheiro
Aguentar maré
Maré vai passar
É só você ter fé

-


A maré só derruba
Quem não acredita
Quem fala, não faz
Quem não luta por conquistas
-

Em nessa correnteza
Eu sou mais você
É seu dia-à-dia
E vai fazer vencer
-

Passando a maré brava
É que nos ensina
É que nos fortalece
A dar a volta por cima
-

Garoa não é tempestade
Esse é o nosso mar
Não é qualquer garoa
Que vai nos derrubar
-

Lambarí de água doce
Se afoga no mar
Então marinheiro
A maré vai passar


SINHA

Sinha 
Autor: Mestre Charm

(Coro)
Sinha o sinha 
deixa eu ir pra capoeira 
o o o
deixa eu ir pra capoeira

-


Vento soprou dentro do canavial
De longe ou
ço o som do berimbau
Que vai na alma invadindo o cora
çao
levando as marcas do tempo da escravidao
-


De a
ço fino o acoite do feitor
bem castigado para poder trabalhar
a noite vem e eu escapo a mata afora 
na espera de uma roda para poder vadiar
-


De longe ou
ço lamentos pelo ar
que sao cantigas faz meu corpo arrepiar
oi deixa eu ir meu senhor, oi deixa eu ir minha sinha
que hoje eu quero minha alma libertar
-


De sol a sol o corpo queima sem parar
e uma peleja que negro tem que passar
o me de for
ça meu Deus para fe nao me faltar
que hoje quero fugir do canavial